Foi encaminhada para o manicômio judicial da capital nesta quinta-feira, a agricultora Vânia Maria da Silva, presa em abril do ano passado por envenenamento a quatro crianças no distrito de Cariatá. A decisão foi da justiça da capital, após análise do processo. Ela estava no presídio Julia Maranhão desde a sua prisão no ano passado, e sua transferência aconteceu nesta quinta-feira.
A suspeita foi presa e apresentada à imprensa no dia 11 de abril, depois de uma série de mortes misteriosas serem registradas em Cariatá.
A investigação liderada pelo delegado Eduardo Portela chegou à conclusão de que a motivação do crime foi a frustração de Vânia em ter perdido, em curto espaço de tempo, pessoas de seu convívio. Em outubro, uma sobrinha criada por Vânia morreu grávida. Meses depois Vânia acolheu a primeira vítima em casa, Ana Maria, que tinha uma bebê de quatro meses. A bebê faleceu e levou Ana Maria a deixar a casa de Vânia.
Segundo o delegado Felipe Castelar à época, Vânia colocou o veneno em alimentos. Ela era madrinha de uma das vítimas, a adolescente de 12 anos, e amiga das famílias das crianças de seis - que foi envenenada no dia do próprio aniversário de nove anos.
De acordo com a Polícia Civil, todas as vítimas foram mortas da mesma maneira e tiveram contato com a agricultora antes do crime. As quatro vítimas apresentaram sintomas de cegueira, náuseas, vômitos e dificuldade de respiração e equilíbrio, entre outros.
“Pessoas ouvidas pela Polícia Civil relataram que a senhora Vânia Maria da Silva esteve nos locais onde as pessoas ingeriram os alimentos envenenados. Em alguns casos, ofereceu o alimento”, explicou o delegado.
O Instituto de Polícia Científica (IPC) apresentou os laudos que confirmam que foi utilizado chumbinho em todos os assassinatos.
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