Preso provisório mais antigo da Paraíba acusado de triplo homicídio deixa presídio Roger

Após passar sete anos preso sem ser julgado, um homem de 58 anos recebeu um alvará de soltura nesta quinta-feira (27), após a 5ª turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder um habeas corpus. Francisco das Chagas Vasconcelos é suspeito de participar do homicídio de três estrangeiros em 2011.

À época, o casal de finlandeses e uma amiga tinham uma casa no município do Conde, no Litoral Sul da Paraíba, e esses locais estavam sob responsabilidade de um então sócio de Francisco. Ainda em 2011, o casal e a amiga foram encontrados mortos no município de Alhandra.

O então sócio de Francisco foi preso em São Paulo, enquanto se preparava para viajar para a Grécia, com cartões e procurações das vítimas, que davam poder a ele sobre as propriedades que o casal tinha.

E então, os dois suspeitos tiveram as prisões preventivas decretadas. No entanto, a defesa de Francisco afirmou que, devido a recursos e pedidos feitos pelo então sócio dele - como a solicitação de que uma testemunha, que mora na Grécia, fosse ouvida - o processo se tornou demorado e, por isso, o julgamento não foi realizado.

Apesar de ter recebido o habeas corpus, Francisco das Chagas ainda deve cumprir medidas cautelares, como comparecer à Justiça mensalmente, recolher-se durante a noite, não manter contatos com as testemunhas e não frequentar bares e casas noturnas.

Relembre o caso

Os corpos dos três finlandeses - Pasi Kalervo Kaartinen, de 71 anos, Riitta Marjatta Kaartinen, de 68, e Sirpa Helena Tiihonen, de 60 - foram encontrados em um canavial no Litoral Sul da Paraíba, às margens da PB-044, no dia 3 de dezembro de 2011 por trabalhadores da região. No dia 6, Francisco das Chagas Vasconcelos foi preso suspeito de participar do triplo homicídio, mas o delegado Rodolfo Santa Cruz já tinha a informação de que o crime teria sido cometido por pelo menos duas pessoas.

Em seguida, foi preso em São Paulo um mecânico de 58 anos suspeito de planejar o assassinato. Ele foi detido durante uma operação conjunta com a Polícia Civil da Paraíba e foi levado para João Pessoa no dia 15. Segundo o delegado Rodolfo Santa Cruz, o suposto mentor do triplo homicídio já tinha tingido e cortado os cabelos. A tentativa de disfarce teria como objetivo uma fuga do país.

O crime foi classificado como triplo homicídio qualificado com ocultação de cadáver. Pelas duas perícias realizadas na casa, o delegado concluiu que provavelmente os três turistas foram assassinados dentro da residência com vários tiros entre a noite do dia 30 de novembro e a madrugada do dia 1º de dezembro, quando os vizinhos ouviram tiros.

Postar um comentário

0 Comentários