Escola Tasso da Silveira, em Realengo, reforçou controle após ataque que deixou 12 mortos

O som dos tiros, os gritos de desespero e o barulho das sirenes das ambulâncias são lembranças que voltaram com força na última quarta-feira para as irmãs Tainá Bispo, 23 anos, e Helena Santos, 19, quando elas souberam da tragédia na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP).

As duas sobreviveram ao massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, naquela manhã sangrenta de 7 de abril de 2011. A outra irmã delas, Milena, não. Foi morta com outros 11 adolescentes pelo ex-aluno Wellington Menezes.

Eu sabia que os colégios não tinham aquela segurança, mas, ainda assim, eu acreditava que o caso de Realengo seria isolado, que não haveria outro parecido. Mas, houve em Goiás (em 2017), no Paraná (em 2018) e agora em São Paulo. Dá medo porque já ocorreram muitos casos. Quanto tempo vai demorar para perceberem que algo tem que ser feito para que isso não aconteça mais? — indagou Helena.

Desde a tragédia que levou Milena, a Tasso da Silveira passou por mudanças: foi reformada e trocaram até mesmo o local de entrada dos estudantes. Câmeras de segurança estão espalhadas por todo canto pela entrada, pátio, corredores e até sala de aulas. Tudo monitorado em um painel de controle. Guardas municipais circulam pelo colégio em todos os turnos, todos os dias. Acompanham, junto a um funcionário da escola, a entrada e saída dos alunos.

O Globo

Postar um comentário

0 Comentários