Especial Mês da Mulher: Reforma de acessibilidade mostra protagonismo das mulheres na ALPB

A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) retomou as atividades parlamentares, no último mês de fevereiro, após reforma para adequar o plenário José Mariz às necessidades de acessibilidade da deputada Cida Ramos e de todos os cidadãos portadores de deficiência.
  
A iniciativa foi fruto da reivindicação da deputada Cida Ramos, que solicitou o cumprimento integral dos direitos da pessoa com deficiência estabelecidos na Constituição Federal. A parlamentar declarou que a acessibilidade ao plenário significa mais do que o cumprimento das leis, é também a conquista do direito ao lugar de fala de todos os eleitores representados por ela.

A contribuição das mulheres na produção das melhorias na acessibilidade do plenário não parou na iniciativa da deputada Cida, desde o projeto, até a execução, a obra foi liderada por três servidoras da Casa de Epitácio Pessoa, as arquitetas Zizi Lacerda e Luciana Magalhães, e a engenheira e diretora da Divisão de Engenharia da ALPB, Carla Valéria. A estudante de arquitetura Raniere Barros também ajudou no projeto.
  

A diretora da Divisão de Engenharia da ALPB, Carla Valéria, relatou as dificuldades enfrentadas pelas mulheres que atuam na construção civil e demonstrou satisfação em liderar a equipe.
“O mercado de trabalho na área da construção civil ainda é dominado pelos homens, felizmente, este quadro está sendo revertido gradativamente com a entrada de muitas mulheres nos cursos de exatas. Mas, a credibilidade da mulher ainda é muito questionada quando está em campo, trabalhando na execução dos projetos. Ainda existe a dificuldade dos homens aceitarem a nossa liderança nesta área. Por isso, foi uma satisfação liderar esta equipe de mulheres tão competentes, as meninas se dedicaram, pensaram e trabalharam muito até chegar a este resultado rápido, eficaz e inovador”, declarou a diretora.
  
A arquiteta da Casa, Luciana Magalhães, ressaltou as características que tornaram a obra um desafio para a equipe e um exemplo de inovação para o país. “Os dois maiores desafios da nossa equipe foram o tempo recorde, 15 dias, e a adaptação para que qualquer pessoa pudesse adentrar no plenário. Agora, as pessoas com necessidades especiais podem circular por todo o plenário. A tribuna é ajustável para ficar em uma altura confortável, tanto para cadeirantes, como para pessoas de estatura alta. É uma inovação que agrega muito a casa. Hoje nós podemos receber todos de forma digna e igualitária", afirmou a arquiteta.
  
De acordo com Zizi Lacerda, também arquiteta da ALPB, foi necessário um estudo aprofundado das normas de acessibilidade para que a equipe chegasse a esse projeto inovador. “Nós fizemos todo um estudo das normas de acessibilidade e chegamos a este resultado para melhor atender a circulação e acessibilidade do plenário. Esta é a primeira tribuna ajustável do Brasil. Inicialmente, nós pesquisamos e não achamos nada que atendesse às nossas exigências, então, criamos o projeto desta tribuna, que se mostrou muito eficiente ao atender a todos", concluiu Zizi.

Agencia ALPB

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