Eu tentei sair e correr pela lateral, para sair do caminho. Ele veio rapidamente e me atropelou. Na hora em que passou por mim, só lembro que estava tudo escuro. Eu não vi nada, estava tudo escuro. A única coisa que pensei foi que estava vivo", relatou um dos manifestantes, atingido pelo blindado. Os conflitos na cidade já deixaram cinco mortos e 239 feridos, segundo a ONU informou nesta sexta-feira (3). "Foram 61 balas de borracha em todo o meu corpo. As balas estavam nas minhas costas, braço e antebraço.
Eu estava no chão e eles atiraram em mim", narrou outro manifestante. Além das balas de borracha, os militares também lançaram bombas de gás contra as pessoas. "Foi realmente forte, horrível, a forma como estavam tratando as pessoas, de forma desumana", disse um dos feridos. Representante da ONU se diz preocupado com a situação no país "Seguimos com grande preocupação a situação na Venezuela", afirmou a porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, também na sexta-feira. As autoridades venezuelanas devem garantir "que as operações sejam conduzidas por forças de segurança", em vez de grupos armados sem controle conhecidos como "coletivos", segundo ela.
A fonte oficial informou também que pelo menos dez jornalistas ficaram feridos quando cobriam os protestos de 1º de maio, cinco deles por arma de fogo. De acordo com a ONU, as vítimas foram mortas a tiros por grupos pró-Maduro entre os dias 30 de abril e 1º de maio. Com isso, eleva-se para 49 o número de mortes neste ano no conflito.
G1
0 Comentários