O exame cadavérico feito no corpo do bebê de nove meses que faleceu em Soledade nesta semana, apontou a existência de esperma em suas partes íntimas. O delegado Durval Barros confirmou que o material genético foi coletado e será feito um exame de DNA para saber a quem pertence.
O delegado Durval Barros confirmou em entrevista na manhã desta sexta-feira (31) ao ClickPB que "houve a violência sexual e foi colhido material para exame de DNA". Ele não precisou o prazo para o resultado do exame, já que devido à gravidade da situação, pode sair mais rápido que o esperado.
Antes de efetuar a prisão dos suspeitos, o delegado colheu os seus depoimentos sobre o caso e ambos negaram qualquer violência contra a criança. No entanto, o delegado considerou que as evidências coletadas e o comportamento dos pais era suficiente para fazer a sua autuação.
"O que chamou atenção é que ele [o pai] já tinha tentado estuprar a sogra", ressaltou o delegado. O homem foi considerado de alta periculosidade pelo delegado, que ficou perplexo com a violência feita contra a criança de apenas nove meses de idade.
O pai da criança teria sido o único que esteve na casa recentemente. "O pai foi o autor desse hediondo crime. Ele era separado da mãe. Já tinha convivência com duas outras mulheres", detalhou o delegado Durval Barros.
Em inquérito feito à mãe do bebê, o delegado questionou quais eram "os cuidados que ela teria com a filha, de como fazer a higiene da criança, se usava fralda. E ela achando tudo normal, dizendo que não tinha visto nenhum sinal de violência. Eu apresentei as fotos contundentes da perícia no corpo da menina e ela mudou totalmente de figura. Quis chorar, mas não colocou uma lágrima".
O pai e a mãe da criança foram presos nesta quinta-feira (30) e conduzidos até a Delegacia de Soledade. "Apresentamos o casal na cadeia de Soledade. Mas a população de Soledade estava revoltada", relatou o delegado. A população da cidade se reuniu em frente à Cadeia de Soledade e a polícia temia que fosse iniciado um linchamento dos suspeitos presos.
Devido ao risco que o casal corria por conta da repercussão do caso e da comoção popular, a juíza determinou a transferência dos dois para a Penitenciária de Segurança Máxima PB1, em João Pessoa. Oito viaturas policiais fizeram a escolta dos dois suspeitos até João Pessoa.
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