Uma mulher de 34 anos foi presa, na madrugada desse domingo (25), na cidade de Passa e Fica, Rio Grande do Norte, suspeita de explorar sexualmente de adolescente e mulheres. Conforme apurou o Ministério Público do Trabalho (MPT), ela era proprietária de prostíbulos no município potiguar e também nas cidades paraibanas de Araruna e Tacima. Ela foi presa na Operação Grilhões, que teve apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
A PRF divulgou nesta segunda-feira (26) que a mulher mantinha estabelecimentos chamados Amazonas Bar nas três cidades. Durante abordagens aos locais, as equipes da Operação Grilhões confirmaram que eles funcionavam como prostíbulos. Mulheres vestiam apenas roupas íntimas e ao menos três delas estavam grávidas. Nos estabelecimentos também existiam muitos homens, sob efeito de elevada quantidade de álcool.
“Os imóveis se dividiam basicamente em um salão contendo mesas e cadeiras, um palco com baixa iluminação e várias portas para acesso a pequenos quartos, sem ventilação, com vasos sanitários dentro. Nos três locais as condições insalubres chamaram a atenção, pois era constante a presença de baratas, cheiro de urina e fezes”, divulgou a PRF.
Algumas mulheres foram ouvidas no local por um procurador do MPT.
Em Passa e Fica, a polícia percebeu que uma das pessoas que sofriam exploração sexual havia se trancado no banheiro. Inicialmente, ela alegou ter 19 anos, mas a informação foi desmentida após consulta nos sistemas das autoridades. A jovem, na realidade, tem 17 anos. Neste momento, foi dada voz de prisão para a proprietária dos estabelecimentos, por exploração sexual de adolescente. Ela foi conduzida para uma delegacia de Polícia Civil no Rio Grande do Norte. A jovem, após ouvida na condição de vítima, foi encaminhada para o Conselho Tutelar da área.
Com uma das mulheres explorada pela suspeita em Passa e Fica, foi encontrada pequena quantidade de maconha. Lavrou-se um Termo Circunstanciado de Ocorrência e a mulher assinou um Termo de Compromisso de comparecimento à Justiça. Em seguida, ela foi liberada e, a droga, encaminhada para perícia.
“A PRF informa que qualquer cidadão pode contribuir no combate a esse crime. A denúncia, que será anônima, pode ser feita pelo Disque 100, cujo atendimento é direcionado para o enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes, ou pelo 191, número de emergência da PRF. Ambos funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana, e a ligação é gratuita”.
Ascom PRF
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