G7 libera R$ 91 milhões para Amazônia e anuncia apoio a plano de reflorestamento

Os líderes do G7 vão providenciar US$ 20 milhões (cerca de R$ 82,4 milhões) de ajuda emergencial para combater os incêndios na Amazônia, de acordo com o presidente da França, Emmanuel Macron, de acordo com a agência Reuters.

A maior parte do dinheiro será destinada ao envio de aviões Canadair de combate a incêndios, anunciou a presidência francesa, segundo a agência France Press.

Além desta frota aérea, o G7 concordou com uma assistência de médio prazo para o reflorestamento, a ser apresentado na Assembleia Geral da ONU no final de setembro, para o qual o Brasil terá que concordar em trabalhar com ONGs e populações locais, disse o Eliseu.

As queimadas na floresta amazônica já haviam sido citadas pelos líderes reunidos em Biarritz, na França, no domingo (25).

No começo desta segunda (26), o presidente Macron disse que o grupo estava próximo de um acordo sobre como ajudar o Brasil e outros países a combater as queimadas, de acordo com o jornal "The New York Times".

Mais tarde, uma pessoa próxima ao líder francês disse à agência Reuters que os países que têm florestas amazônicas precisam de financiamento, porque não têm fundos para pagar por aviões de combate a queimadas.

Esforços de Macron
"Há uma convergência real para dizer que todos concordamos em ajudar os países afetados por esses incêndios o mais rápido possível", afirmou no domingo (25) Macron, anfitrião da cúpula das sete grandes economias mundiais.

No sábado (24), ele disse que uma das prioridades do evento seria mobilizar “todas as potências, em parceria com os países da Amazônia”, para combater o desmatamento e investir no reflorestamento.

“A Amazônia é nosso bem comum. Estamos todos envolvidos, e a França está provavelmente mais do que outros que estarão nessa mesa [do G7], porque nós somos amazonenses. A Guiana Francesa está na Amazônia”, afirmou Macron, em cadeia nacional.

Na sexta (23), ele deu declarações específicas sobre o Brasil: afirmou que Jair Bolsonaro mentiu sobre os compromissos em relação à preservação ambiental, assumidos durante a reunião do G20, em junho. O francês ameaçou não ratificar o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul por esse motivo.

No entanto, no sábado (24), Reino Unido, Alemanha e Espanha fizeram críticas a Macron e defenderam o acordo UE-Mercosul. Número de queimadas é o maior desde 2010.

A agência espacial americana (Nasa) disse que 2019 é o pior ano de queimadas na Amazônia brasileira desde 2010.

De 1º de janeiro até esta quinta-feira (22) foram 39.033 focos de queimadas, um crescimento muito grande em relação ao mesmo período do ano passado –quase duas vezes e meia.

G1

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