Dona de farmácia é presa suspeita de vender remédio ‘anti coronavírus’, em João Pessoa

Uma farmácia de manipulação foi interditada e a dona do estabelecimento foi presa suspeita de comercializar um complexo vitamínico com a promessa de imunizar o corpo dos usuários contra o novo coronavírus, causador da Covid-19. O estabelecimento fica localizado no bairro Manaíra, em João Pessoa.

O anúncio da venda do medicamento foi publicado por meios de redes sociais da farmácia. O G1 tentou entrar em contato com a farmácia, mas até as 16h40 desta segunda, as ligações não foram atendidas.

Conforme o promotor Francisco Bergson Formiga, a proprietária do local foi detida por propaganda enganosa, pela comercialização de medicamentos vencidos e pela ausência de licença de funcionamento. A mulher foi encaminhada para Central de Polícia, localizada no bairro do Geisel.

No anúncio, o estabelecimento dizia: “A melhor solução para o tão temido Coronavírus é se prevenir aumentando sua imunidade. Por isso trouxemos para você um poderoso um poderoso Complexo para dá um UP na sua imunidade”.

Além de apreender o medicamento, os órgãos de fiscalização também fiscalizaram os laboratórios e a documentação do local. Participaram da inspeção o Ministério Público da Paraíba, Polícia Civil, Secretaria da Fazenda e Vigilância Sanitária.

Ainda não há vacina disponível para prevenção do vírus. A Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi) – grupo internacional para o controle de doenças – anunciou um fundo para apoiar três programas de desenvolvimento de vacinas contra o 2019-nCoV, o novo coronavírus.

Dois novos casos suspeitos de coronavírus foram notificados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) da Paraíba no domingo (8). Com essas notificações subiu para oito casos o número de notificações por suspeita de Covid-19 no estado. Ainda de acordo com a SES, quatro casos suspeitos foram descartados também na sexta-feira (6) após exames, mantendo a conta no total de cinco casos descartados e três ainda sob suspeita.

Casos só são oficialmente reconhecidos como suspeitos após confirmação do Ministério da Saúde (MS). Até a noite da sexta-feira (6), o MS havia reconhecido três casos sob investigação na Paraíba. 

Os números divulgados pelas secretarias estaduais e o Ministério da Saúde não são necessariamente iguais, já que os órgãos têm horários e procedimentos distintos para apresentação de seus boletins diários.
 
O novo caso suspeito anunciado pela secretaria foi em Campina Grande, em um homem de 37 anos, com histórico de viagem pela Espanha e Inglaterra. O homem tem tosse, cefaleia e febre, de acordo com o secretário de estado saúde Geraldo Medeiros. Ele foi atendido na UPA de Campina Grande e foi orientado a ficar em casa, em quarentena.

Segundo Geraldo Medeiros, o homem viajou com a esposa e uma prima e teve contato também com a sogra. Essas pessoas estão assintomáticas e não precisam de isolamento.

Um menino de seis anos também está passando por investigação em João Pessoa. Ele viajou para Orlando, mas segue em isolamento domiciliar com sintomas respiratório. Os pais da criança estão assintomáticos.

Outro caso que ainda está em investigação na Paraíba é em uma mulher de 26 anos com histórico de viagem para Espanha. Foi orientado isolamento domiciliar da paciente e está sendo monitorado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa.

A Paraíba possui um plano estadual para notificação e assistência para o novo Covid-19, elaborado desde o fim de Janeiro e amplamente divulgado entre profissionais de saúde da Rede Pública e Privada de todo o estado. O Centro Operacional de Emergências em Saúde Pública (COE Estadual) realiza avaliação das ações executadas e desencadeia encaminhamentos para o fortalecimento da identificação dos casos, de acordo com definição.

Diário da Paraíba com G1

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