Fabiano passa por audiência de custódia, tem prisão mantida e vai para o Presídio do Róger

O radialista Fabiano Gomes passou por audiência de custódia na manhã desta quarta-feira (11) no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB) e sua prisão foi mantida pelo juiz Adilson Fabrício. Preso na 8ª Fase da Operação Calvário, Fabiano vai cumprir decisão judicial no Presídio do Róger.

Para o Ministério Público Estadual (MPPB), Fabiano Gomes é suspeito de estar atrapalhando o trabalho de investigação e constranger outras pessoas que estariam sendo investigadas. O comunicador, conforme foi apurado, teria solicitado dinheiro aos investigados para não divulgar informações sigilosas. A defesa dele disse que ainda não teve acesso à decisão.

Encaminhado ao Róger

O desembargador Ricardo Vital de Almeida, relator da Operação Calvário no Tribunal de Justiça da Paraíba, determinou a prisão temporária de Fabiano pelo prazo de cinco dias, devendo ele ser encaminhado ao presídio desembargador Flóscolo da Nóbrega (Róger).

A Polícia Federal (PF) e o Grupo de Apoio Especializado ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU), deflagou na terça-feira (10) a 8ª Fase da Operação Calvário, cumprindo mandados de busca e apreensão e realizando prisões em vários pontos da cidade de João Pessoa.
Nos endereços de Fabiano a PF realizou busca e apreensão.

Entenda o caso

As investigações demonstram que parte dos recursos foram desviados com a participação de auditor do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, que teria recebido vantagem indevida para embaraçar ou obstar a fiscalização nas organizações sociais.

O aprofundamento do trabalho investigativo também apontou no sentido de embaraços à própria Operação Calvário, mediante a atuação de um profissional jornalista, o qual se valia de seus canais de imprensa para constranger investigados ou potenciais investigados a lhe pagarem vantagem indevida, sob pena de revelar conteúdo sigiloso, ofendendo, por via reflexa, a honra objetiva de autoridades responsáveis pela apuração, referidas indevidamente como fontes do acesso privilegiado.

A operação contou com a participação de 55 Policiais Federais, e cinco auditores da CGU, sendo realizado o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, e no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, nas cidades de João Pessoa/PB e Bananeiras/PB, bem como o cumprimento de um mandado prisão.

As ordens foram expedidas pelo Desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba.

Diário da Paraíba com Portal Paraíba

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