Paraibana está entre os mortos em deslizamentos de terra no litoral de SP

O temporal que caiu na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, provocou deslizamentos de terra em morros da região na madrugada desta terça-feira (3) e deixou 18 mortos e 30 pessoas desaparecidas, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Dentre as vítimas, estão dois bombeiros que trabalhavam nas buscas em Guarujá, segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo.
Veja onde ocorreram as mortes:
  • Guarujá – 15 mortes
  • Santos – 2 mortes
  • São Vicente – 1 morte
A tempestade causou alagamentos em vias públicas, afetou serviços (transporte, educação, fornecimento de água, energia elétrica e telefonia) e fez rodovias serem bloqueadas. A chuva – que continuou ao longo de todo o dia, com alguns períodos de interrupção – prejudicou a operação de buscas, encerrada por volta das 19h30, segundo os bombeiros. Os trabalhos devem ser retomados na manhã desta quarta-feira (4).

De acordo com o capitão e porta-voz do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, Marcos Palumbo, as equipes trabalham nas buscas em Santos, São Vicente e em Guarujá com 114 bombeiros e 29 viaturas. "Permanecem no local e só sairão após a localização de todas as vítimas e deixar todos os locais em segurança", disse o capitão.

Inicialmente os bombeiros chegaram a falar em até 45 desaparecidos, mas o número posteriormente foi revisto.

"O número de desaparecidos é bastante volátil. (...) Esse número irá mudar no passar do dia", disse o tenente André Elias, que trabalha no Gabinete do Comandante do Corpo de Bombeiros.

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), foi até Santos após o temporal e anunciou que o programa aluguel social será disponibilizado para as pessoas desalojadas após o temporal que atingiu a região da Baixada Santista.

A Defesa Civil do Estado e o Fundo Social de São Paulo coordenam a remessa de 4,6 toneladas de materiais para vítimas nas cidades de Guarujá, Santos e São Vicente.

De acordo com a Defesa Civil do Estado, até a tarde desta terça-feira, havia 200 desabrigados em Guarujá e sete em São Vicente. Também há 11 desalojados em São Vicente. Em Peruíbe, 65 pessoas deixaram temporariamente suas casas e foram recebidas no Centro Comunitário do Caraminguava.
De acordo com a Defesa Civil do Estado de São Paulo, em 24h choveu mais de 100 mm em todas as nove cidades da Baixada Santista.

Foram 300 mm no Guarujá, 222 milímetros em Santos e 187 mm em São Vicente. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o normal esperado para o mês de março no Guarujá são 277 mm - ou seja, já choveu mais que o esperado para o mês na cidade.

O temporal começou na noite desta segunda-feira (2) e se estendeu durante toda a madrugada e manhã desta terça-feira (3). Moradores registraram alagamentos e ruas ficaram intransitáveis em toda a Baixada Santista. Passageiros de um ônibus mostraram o rápido aumento do nível da água no interior do veículo. Diversas linhas de ônibus e itinerários foram comprometidos pelo temporal.

Houve quedas de barreira nas rodovias Anchieta, Cônego Domênico Rangoni, Rio-Santos e Guarujá-Bertioga, que fazem a ligação de cidades da Baixada Santista com outras regiões do Estado de São Paulo.

Uma paraibana da cidade de Puxinanã é uma das vítimas dos deslizamentos de terra no litoral de São Paulo.

Ela morreu soterrada após uma enxurrada no Guarujá. O ex-marido da paraibana, José Aguinaldo recebeu uma notícia da morte da paraibana pelo telefone. Ele contou que a filha do casal, que mora em São Paulo, foi quem informou a morte da mãe por mensagem.

Diário da Paraíba com G1

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