O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis Moreira, são investigados por suspeita de uso de passaporte e documentos de identificação paraguaios falsos. Eles ficaram sob custódia no hotel onde estavam hospedados em Assunção, no Paraguai, na noite desta quarta-feira (4).
O ex-ídolo da seleção brasileira de futebol, que está na capital paraguaia para compromissos comerciais, e o irmão passaram a noite sob custódia da polícia no Hotel Resort Yacht y Golf Club Paraguayo.
Na manhã desta quinta-feira (5), eles foram levados para uma audiência no Ministério Público onde serão ouvidos. MP decidirá se denuncia ou não os dois brasileiros.
A Polícia Nacional e autoridades dos ministérios do Interior e Público foram até o hotel após denúncia do Departamento de Identificações do Paraguai, que advertiu às autoridades migratórias sobre a irregularidade com os passaportes paraguaios.
Na suíte em que o ex-atleta está hospedado foram apreendidos passaportes paraguaios e carteiras de identidade, além de telefones celulares, de Ronaldinho e do irmão. O Ministério Público do Paraguai declarou que os passaportes são adulterados. Eles foram emitidos para cidadãos paraguaios em janeiro de 2020.
Um empresário brasileiro de 45 anos, suspeito de ter fornecido os documentos irregulares, foi detido. Ele passou a noite na sede de Investigação de Delitos da Polícia Nacional.
Não está claro por que o ex-jogador entrou no Paraguai com passaporte quando, entre os países do Mercosul, não é obrigatória a sua apresentação. O documento de identidade interno de cada país é suficiente para que os cidadãos circulem entre esses países.
O procurador Federico Delfino, um dos responsáveis pela investigação, disse em uma coletiva de imprensa nesta quinta que os irmãos saíram do aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, com documentação brasileira e teriam recebido os passaportes paraguaios "assim que deixaram o avião".
"Tanto o senhor Ronaldinho quanto seu irmão disseram que era um presente", disse Delfino, acrescentando que, segundo as investigações preliminares, os números dos passaportes correspondem a documentos de outras pessoas.
A Justiça paraguaia também investiga suposta cumplicidade dos agentes migratórios por permitirem a entrada no país do brasileiro apesar da irregularidade na documentação.
"Independentemente da popularidade de Ronaldinho, ele não deveria ter deixado o aeroporto", disse ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, a uma rádio local.
O advogado Sérgio Queiroz, que representa o ex-jogador no Brasil, disse ao GloboEsporte.com que "certamente trata-se de algum equívoco que será esclarecido".
Ao G1, ele afirmou que não está claro por que haveria algum problema com os documentos. “Isso me causa estranheza, porque ele tem documentação, ele tem passaporte brasileiro.” O atleta aposentado não está preso, salientou Queiroz, mas, sim, detido para prestar esclarecimentos.
O atleta teve os passaportes brasileiro e espanhol confiscados por causa de problemas com a justiça, porém os documentos estão liberados "desde setembro/outubro" do ano passado, ainda de acordo com o seu advogado.
Diário da Paraíba com G1
0 Comentários