Morre o escritor, crítico de cinema e jornalista paraibano Wills Leal


Morreu na madrugada desta quinta-feira (7), o escritor, jornalista e crítico de cinema, Wills Leal, aos 83 anos. Ele foi vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Wills Leal foi o primeiro ombudsman da imprensa paraibana, atuando no já extinto jornal “O Norte”, quando esse veículo era dirigido por Marcone Goes de Albuquerque, tendo como um dos diretores Teócrito Leal, irmão de Wills.

Wills nasceu no dia 18 de setembro de 1936, em Alagoa Nova, no Brejo paraibano. Graduou-se em Filosofia na Faculdade de Filosofia de João Pessoa e em Línguas Neolatinas, na Universidade Federal da Paraíba, especializando-se em Língua e Literatura Francesa.

Poliglota, Wills Leal, incentivado pelo tio José Leal Ramos, considerado o decano da imprensa paraibana, ingressou na imprensa, iniciando a carreira como revisor do jornal “O Norte”, ascendendo, nesse mesmo veículo, à condição de colunista e articulista, mantendo uma página dedicada ao turismo e atuando nessa área como presidente da Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores de Turismo (Abrajet).

Professor aposentado do Estado, já havia lecionado Língua e Literatura Francesa no Conservatório Antenor Navarro e na Escola de Formação de Professores. Desenvolveu atividades relacionadas ao turismo, exercendo o cargo de diretor de eventos e operações na Empresa Paraíba de Turismo (PBTur). Sempre ligado às atividades jornalísticas e de turismo, teve a oportunidade de viajar muito, conhecendo quase todos os países do mundo. Durante três anos foi promotor, na Paraíba, do concurso Miss Paraíba, com reconhecimento nacional.

Também foi o idealizador da “Banda de Tambaú” nas prévias carnavalescas de João Pessoa, inspirado na Banda de Ipanema, do maestro Albino Pinheiro. Nos anos sessenta, liderou um grupo de amigos, fundando o Clube dos Solteiros, instalado na Boate Maravalha, na praia de Tambaú.

Como crítico cinematográfico, publicou inúmeros trabalhos em jornais de João Pessoa, em revistas especializadas e até no exterior. Foi um dos perseguidos pelo regime militar de 1964, considerado “subversivo” por suas posições libertárias. Ingressou na Academia Paraibana de Letras em 29 de maio de 1992, recepcionado pelo acadêmico José Octávio de Arruda Mello. Wills Leal também é um dos fundadores da Academia Paraibana de Cinema (APC), da qual foi presidente.

G1

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