A Polícia Civil descartou a participação de outra pessoa na morte da médica Jayda Bento de Souza, ou seja, ela agiu sozinha. Jayda, que tinha 26 anos, foi achada sem vida em um banheiro do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (Heelj), onde fazia plantão, em Pirenópolis, a 122km de Goiânia.
Durante a investigação, o delegado Tibério Martins descobriu que a médica usou um anestésico de curta duração, aplicado geralmente em exames de endoscopia. A polícia aguarda agora o laudo que vai apontar a causa da morte. Jayda morreu em 25 de junho deste ano.
“O que pode ter acontecido é o uso de uma dose acima do recomendado, e o corpo reagiu de forma inesperada até pela própria médica. Agora, só o laudo vai dizer a quantidade de remédio que estava no organismo dela”, esclareceu o delegado.
Funcionários contaram à Polícia Civil que ninguém do hospital conhecia a médica muito bem para dizer algum possível motivo de ela ter usado o anestésico. Jayda estava trabalhando em seu 2º plantão, segundo a direção da unidade médica.
Colegas relataram desconhecer de onde e como a médica conseguiu o remédio, já que ela não tinha acesso aos medicamentos da farmácia do hospital.
O delegado Tibério Martins disse que a médica era natural de Sanclerlândia e já tinha trabalhado em Iporá.
Funcionários contaram que uma técnica em enfermagem e um médico que começaram a procurar por Jayda Bento, mas não a encontravam. Foram ao carro dela, numa sala, até que chegaram a um quarto na área de UTI semi-intensiva. Viram a porta trancada e ouviram o barulho da torneira ligada. Então, tentaram abrir, chamaram, mas ela não respondia e decidiram arrombar.
“Encontraram a Jayda já sem vida, com cianose (aparência arroxeada ou azulada). Mediram pulso e constataram que ela estava morta. Não chegaram a fazer procedimento de reanimação porque confirmaram a morte e chamaram a polícia”, concluiu.
G1/Goias