Wellington Santos de Melo, 52 anos, é uma das vítimas da sequência de assassinatos que tem atingido a Região Metropolitana de João Pessoa desde o início deste ano. Segundo o sargento, uma “guerra está declarada“. Ele fez essa afirmação antes de ser assassinado nesta quarta-feira (24), no Bairro das Indústrias.
Nas redes sociais, antes de morrer, o sargento fez um alerta aos companheiros de farda. Leia abaixo:
“Pessoal, boa tarde. Todos do grupo, muita atenção, muito cuidado. Quem trabalha, né? Sai de casa cedo, chega um pouco mais tarde. Tenham muito cuidado aí, no deslocamento também, que a guerra que está declarada em João Pessoa. Essas mortes todas é a guerra declarada. Os caras querendo tomar a boca de um, boa de outro”.
No áudio, Wellington ainda diz: “Então pode acontecer com a gente, né? Aquilo que a gente menos espera, né? Pode acontecer com a gente porque não? A gente não está isento de nada”
O sargento ainda lamentou a falta de punição da Justiça.“Se reúnem comandante de polícia, secretário de segurança, tal, mas não resolve não. Quando eles declaram guerra, declaram mesmo e pronto. Prende e daqui a pouco está solto. Adianta, não, meu amigo, adianta não, bandido é f#da e a lei está do lado deles. Aí ela ficou mais ainda”, finalizou.
O assassinato ocorreu na comunidade Padre Ibiapina, no Bairro das Indústrias, por volta das 18h10. Ele foi baleado no peito e na cabeça.
De acordo com o diretor do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, Laécio Bragante, no corpo do sargento foram encontradas pelo menos onze perfurações, que podem ser de entrada e de saída.
O policial era lotado no 5º Batalhão da Polícia Militar. Segundo o tenente coronel Benevides, uma dupla se aproximou e atirou sete vezes contra Wellington, que não teve chances de se defender.
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