Desembargador do TJPE revoga prisão do cantor sertanejo Gusttavo Lima

 O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) revogou a prisão do cantor Gusttavo Lima nesta terça-feira, 24. A decisão foi tomada pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do caso. Na última segunda-feira, 23, determinou a prisão do cantor sertanejo. A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.

Na decisão de revogação da prisão, à qual o g1 teve acesso, o magistrado afirmou que as justificativas dadas para a ordem de prisão constituem "meras ilações impróprias e considerações genéricas".

O mandado de prisão preventiva foi assinado pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. A publicação da decisão se deu após o Ministério Público devolver o inquérito à Polícia Civil, solicitando novas diligências e recomendando a substituição das prisões preventivas por medidas cautelares menos severas.

No documento acessado pelo EXTRA, a juíza afirma que, "no momento, não vislumbra nenhuma outra medida cautelar menos gravosa capaz de garantir a ordem pública".

"O(a) Magistrado(a) subscritor do presente Mandado de Prisão determina ao oficial de justiça da sua jurisdição ou a qualquer Autoridade Policial competente e seus agentes, a quem este for apresentado ou dele tomar conhecimento, que PRENDA e RECOLHA, em alguma unidade prisional, à ordem e à disposição do juízo expedidor, a pessoa acima indicada e qualificada", diz o mandado.

O cantor esteve no último domingo, 22, na área VIP do Rock in Rio.

No dia 4 de setembro, quando Deolane Bezerra e a mãe, Solange, foram presas, a mesma operação policial prendeu um avião que estava registrado como propriedade da empresa Balada Eventos e produções, de Gusttavo Lima.

A ação policial também expediu outros 17 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão em diferentes cidades. Na ocasião, a equipe do músico informou que o avião foi vendido.

"A Balada Eventos por intermédio de seu advogado Cláudio Bessas, esclarece que a aeronave prefixo PR-TEN, foi vendida por meio contrato de compra e venda, devidamente registrado junto ao RAB-ANAC para a empresa J.M.J Participações. Portanto, empresa J.M.J é a proprietária e está registrada no RAB da ANAC como operadora até o deferimento do processo de transferência pelo órgão", informou a equipe.

No registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a empresa aparece como proprietária da aeronave. São sócios e administradores da firma a Gsa Empreendimentos e Participações Ltda e Nivaldo Batista Lima, nome de registro de Gusttavo Lima.

Apesar disso, segundo o registro da Anac, a aeronave é operada pela empresa JMJ PARTICIPACOES LTDA, que também aparece como dona do helicóptero apreendido na operação, em Campina Grande. A JMJ é de propriedade de Jorge Costa Guimaraes Junior, Julio Cesar Lago Guimaraes e Marco Antonio Lago Guimaraes.

A ação da polícia acontece contra uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. De acordo com a Polícia Civil, foi decretado o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. Além de bloqueios de ativos financeiros no valor de mais de R$ 2,1 bilhões, entrega de passaporte, suspensão do porte de arma de fogo e cancelamento do registro de arma de fogo.

Extra

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