A expectativa cresce em torno da segunda fase da operação da Polícia Federal que investiga irregularidades nas obras de urbanização da Alça, realizada pela Prefeitura de Patos. Documentos, cheques e computadores apreendidos em residências e escritórios de empresários podem conter provas de fraudes no processo licitatório. As suspeitas apontam para um esquema de "cartas marcadas", que teria beneficiado determinados grupos.
O prefeito Nabor Wanderley e seu filho, o deputado federal Hugo Motta, têm demonstrado preocupação com o avanço das investigações. No entanto, as alegações de que a operação teria motivações políticas para prejudicar Hugo Motta, cotado como possível candidato à presidência da Câmara Federal, não se sustentam. A operação policial foi desencadeada a partir de denúncias feitas pelo vereador sargento Patrian, e não há indícios de que tenha sido arquitetada para atingir o parlamentar.
As denúncias envolvendo a obra foram levadas adiante pelos vereadores da cidade, que exercem seu papel de fiscalização das ações do Poder Executivo. O fato de documentos terem sido apreendidos indica que havia elementos suficientes para justificar a investigação.
Tentativas de transformar o prefeito Nabor e seu filho em vítimas são infundadas. A próxima fase das investigações poderá esclarecer os fatos e é possível que prisões ocorram, dado o potencial desvio de recursos e irregularidades nas licitações, inclusive com aditivos contratuais suspeitos. Até o momento, a construtora responsável pela obra não se pronunciou sobre o caso, o que levanta ainda mais dúvidas. Como diz o ditado popular: “Quem cala, consente.”
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